terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A Guerra Civil da Síria não é uma novidade – o que de certa forma, espanta.
Jogar a responsabilidade de solução total pra ONU esperando que o mundo se resolva e termine com um “lindo tesouro no fim do arco-íris é lindo”. Gay, mas lindo. Os limites da ONU começam/terminam proporcionalmente aos interesses individuais dos países envolvidos (EUA com peso maior, mas claro).
Seria vantagem se a ONU resolvesse o que sempre diz resolver, mas não. São anos de discussões mal resolvidas, enquanto milhares de pessoas são aniquiladas pelo governo ditador e opressor de Assad, que não apenas mata, mas mutila a todos incluindo bebês e crianças!
O que me faz pensar que o mundo está seguro?
O doce recanto do meu lar? 
Naturalmente penso: Como sou afortunada! Tenho uma linda família, marido e filhos maravilhosos, um trabalho gratificante que está me proporcionando grande aprendizado, além de pequenos problemas e contas a pagar (*). Sou uma pessoa feliz no meu pequeno mundo rotineiro... Que raiva de mim. Fico com aquele sentimento enojado por pensar tão pequeno.
Ah Sim! Como poderia esquecer! Moro num país que tem inúmeros problemas de corrupções escandalosas, questões sociais vergonhosas, (*) abusos em valores de impostos e encargos fiscais de coisas que nunca vimos e não sabemos para onde vão. Pessoas esquecidas com o status de pobreza extrema, crianças sem uma educação decente e aquelas que têm o pouco, mas fazem questão de ter, pelo menos, a Santa Internet. Quando o povo finge que não vê o governo deita e rola e quando o povo vê o governo continua a deitar, rolar e rir!
Há inúmeras formas de guerras, e nós brasileiros, lidamos diariamente com uma delas.  
Ora, tapar os olhos é fácil e de boas intenções o mundo está cheio, obrigada.
Se o mundo é de todos, então a responsabilidade é de todos? Isto inclui os problemas da Síria? Ou basta lidar com os nossos problemas pessoais e male-male os problemas do nosso país?
Não sou expert em política, leio pouco sobre o assunto - quase nada, minha leitura diária matinal resume-se praticamente em: uma frase do “Minutos de Sabedoria”, textos do Jornal da minha organização, e talvez, duas ou três páginas de um livro, mas este pequeno e humilhante acervo cultural só é possível quando me permitem sentar ou, pelo menos, apoiar-me decentemente no transporte público glamuroso deste país, rumo ao trabalho.

Também, odeio sensacionalismo, por isso, se quiser entender o motivo do texto, vai até o Pai dos Burros e verá notícias, além de imagens fortes, que explicarão o bolor no meu estomago e mente causado pela mídia desta guerra imoral e covarde! 
Fani Marys