A Guerra Civil da Síria não é uma novidade – o que de certa forma, espanta.
Jogar a responsabilidade de solução total pra ONU esperando que o
mundo se resolva e termine com um “lindo tesouro no fim do arco-íris é lindo”.
Gay, mas lindo. Os limites da ONU começam/terminam proporcionalmente aos
interesses individuais dos países envolvidos (EUA com peso maior, mas claro).
Seria vantagem se a ONU resolvesse o que sempre diz
resolver, mas não. São anos de discussões mal resolvidas, enquanto milhares de
pessoas são aniquiladas pelo governo ditador e opressor de Assad, que não
apenas mata, mas mutila a todos incluindo bebês e crianças!
O que me faz pensar que o mundo está seguro?
O doce recanto do meu lar?
Naturalmente penso: Como sou afortunada! Tenho uma linda família, marido
e filhos maravilhosos, um trabalho gratificante que está me proporcionando
grande aprendizado, além de pequenos problemas e contas a pagar (*). Sou uma
pessoa feliz no meu pequeno mundo rotineiro... Que raiva de mim. Fico com
aquele sentimento enojado por pensar tão pequeno.
Ah Sim! Como poderia esquecer! Moro num país que tem inúmeros problemas
de corrupções escandalosas, questões sociais vergonhosas, (*) abusos em valores
de impostos e encargos fiscais de coisas que nunca vimos e não sabemos para onde
vão. Pessoas esquecidas com o status de pobreza extrema, crianças sem uma
educação decente e aquelas que têm o pouco, mas fazem questão de ter, pelo
menos, a Santa Internet. Quando o povo finge que não vê o governo deita e rola e
quando o povo vê o governo continua a deitar, rolar e rir!
Há inúmeras formas de guerras, e nós brasileiros, lidamos diariamente
com uma delas.
Ora, tapar os olhos é fácil e de
boas intenções o mundo está cheio, obrigada.
Se o mundo é de todos, então a
responsabilidade é de todos? Isto inclui os problemas da Síria? Ou basta lidar
com os nossos problemas pessoais e male-male os problemas do nosso país?
Não sou expert em política, leio
pouco sobre o assunto - quase nada, minha leitura diária matinal resume-se praticamente
em: uma frase do “Minutos de Sabedoria”, textos do Jornal da minha organização,
e talvez, duas ou três páginas de um livro, mas este pequeno e humilhante acervo
cultural só é possível quando me permitem sentar ou, pelo menos, apoiar-me
decentemente no transporte público glamuroso deste país, rumo ao trabalho.
Também, odeio sensacionalismo, por
isso, se quiser entender o motivo do texto, vai até o Pai dos Burros e verá
notícias, além de imagens fortes, que explicarão o bolor no meu estomago e mente
causado pela mídia desta guerra imoral e covarde!
Fani Marys